A operação Território Livre II da Polícia Federal, de combate a aliciamento violento de eleitores, prendeu na manhã desta quinta-feira (19) a vereadora Raíssa Lacerda (PSB). Ela já havia sido alvo de busca e apreensão recentemente, mas, hoje, os mandados foram cumpridos no Bairro São José, Miramar e Alto do Mateus.
Além de Raíssa, mais três pessoas foram presas, são elas: Pollyanna Dantas, que segundo a investigação usaria a influência para determinar quem poderia ser votado no Bairro São José, Taciana Nascimento, exercia, de acordo com a PF, influência no mesmo bairro, e Kaline Nascimento, articuladora de Raíssa no Alto do Mateus.
Ao decretar as prisões, a Justiça Eleitoral apontou que o diálogo de conversas obtidas nos celulares dos investigados confirmam o indício da prática de coação e controle de facção criminosa ligada ao tráfico de drogas para fins eleitorais. Os alvos foram levados para exame de corpo delito e em seguida ficarão à disposição da Justiça na sede da PF em João Pessoa.
A equipe de defesa da vereadora afirmou que ela está sendo ‘vítima de uma ardilosa perseguição eleitoral’.
Em nota, a Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) disse que a sua Procuradoria-Geral vem acompanhando de perto os desdobramentos da Operação Território Livre, da Polícia Federal e que “a Casa do Povo, composta por representantes legítimos da população, confia no trabalho da Justiça e no devido processo legal”.
O que é aliciamento eleitoral
O aliciamento eleitoral se refere a qualquer tentativa de coação, pressão ou influência indevida sobre eleitores, visando garantir votos para um candidato ou partido, infringindo a legislação eleitoral. De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), essa prática inclui ações como:
Essas práticas violam os princípios de liberdade e igualdade no processo eleitoral e podem levar à anulação do voto, bem como à cassação do registro ou mandato do candidato envolvido, além de sanções penais e eleitorais.
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