Um estudo realizado na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) concluiu que, nas mulheres que apresentam a síndrome pré-menstrual, conhecida como TPM, a ingestão de cafeína não altera as habilidades cognitivas de concentração e atenção.

A pesquisa foi realizada com 30 mulheres com idades entre 19 e 40 anos, usuárias crônicas de café e portadoras da TPM. Elas foram divididas em dois grupos. O primeiro grupo de mulheres tomou uma cápsula com 200 miligramas de cafeína em sua composição. A outra metade recebeu placebo, ou seja, cápsulas constituídas de amido, que não produziam nenhuma ação. Em cada um deles, cerca de 50% das participantes possuíam o gene CYP1A12, que é responsável por metabolizar a cafeína no organismo.

Todas as participantes ficaram em abstinência de 24 horas da cafeína e, em seguida, ingeriram as pílulas. Depois, as voluntárias foram submetidas a testes de concentração e memória. Além dos testes cognitivos, foram verificadas a pressão arterial e a frequência cardíaca para controle da abstinência da cafeína.

O resultado da pesquisa mostrou que a ingestão aguda de cafeína, após o período de 24 horas de abstinência, não alterou de maneira significativa a atenção ou memória das participantes, independentemente da presença do gene CYP1A2.

De acordo com os pesquisadores, a hipótese é de que a ingestão de cafeína surte efeitos apenas em atividades que mesclam a habilidade de atenção com movimento, e não nas atividades que exigem apenas atenção, que foi um dos objetivos de estudo da pesquisa.

Point da Notícia com Assessoria