Um novo documentário que aborda a diversidade sexual e de gênero no mundo animal, vem sendo alvo de conservadores fundamentalistas de extrema direita, que o acusam de promover uma ‘agenda gay satânica’. O documentário ‘Queer Planet’ que terá a narração do ator gay Andrew Rannells, será lançado no próximo dia 6 de junho pelo serviço de streaming estadunidense Peacock , como parte das celebrações do Mês do Orgulho. Não há informações sobre seu lançamento no Brasil.
Promovido, segundo o IndieWire, como o “primeiro documentário de natureza do gênero”, “Queer Planet” concentra-se em comunidades LGBTQ+ ocultas entre animais que têm sexualidades e gêneros não convencionais. Ele aborda o conceito científico que afirma que há mais de 1.500 espécies que apresentam comportamentos homossexuais. De acordo com sua sinopse, a obra irá explorar a “rica diversidade da sexualidade animal”, perpassando pelo comportamento pansexual de flamingos, a mudança de sexo dos peixes-palhaço e a pluralidade de gêneros de cogumelos. O documentário também promete apresentar as pessoas cientistas que atualmente estão questionando questionando o conceito tradicional do que é natural ou não, quando se trata de sexo e gênero na natureza.
“Todos nós já ouvimos falar de pinguins gays, mas esse filme realmente abriu meus olhos para todo o espectro de comportamentos LGBTQ+ no mundo natural. E o que poderia ser mais natural do que ser quem você é?” disse Andrew Rannells em comunicado à imprensa, segundo a Pink News. O ator abertamente gay ficou conhecido por seus personagens de comédia nas séries ‘The New Normal’ e ‘Girls5eva’, além de fazer parte do elenco do filme ‘The Boys in the Band’, um clássico LGBTQIAPN+. “Estou animado por fazer parte de Queer Planet, especialmente durante o Mês do Orgulho” completou o ator.
Apesar de ter como base o conhecimento científico, conservadores ao redor do mundo vêm criticando ‘Queer Planet’ desde o lançamento de seu trailer na última quinta(16). Entre reclamações de que a obra seria “acordada” para as questões de direitos humanos, o documentário que aborda o mundo animal tem sido acusado pela extrema-direita de ser “maligno para a juventude”, “uma grande loucura esquerdista” e até mesmo de promover um “revisionismo científico para uma agenda gay satânica”.
Point da Notícia com Mídia Ninja